martes. 16.04.2024

Face à escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que necessariamente terá implicações globais, desde logo nos mercados energéticos dado que, entre outros, a Rússia representa cerca de 40% das importações de gás natural (GN) da Europa, refere o Ministério do Ambiente e da Ação Climática em comunicado. 

Assim, importa esclarecer:

1. No contexto nacional, em 2021, somente 10% das importações de GN são provenientes da Rússia, pelo que não se antevê que uma potencial interrupção do fornecimento por parte da Rússia represente uma disrupção no fornecimento de GN a Portugal;

2. Portugal vive hoje num cenário de uma maior diversificação de origens do GN que importa e, sendo o mercado de GN global, existem diversos fornecedores que poderão representar uma alternativa segura e viável ao GN vindo da Rússia;

3. Portugal dispõe de elevados níveis de armazenamento de GN (79,2% da capacidade total), que atualmente é dos valores mais elevados da Europa em termos percentuais;

4. Não se verificaram quaisquer falhas nas entregas de GNL no terminal de Sines e a calendarização de fevereiro e março decorre como programado pelos agentes de mercado;

5. No que respeita ao Petróleo Bruto (crude) e seus Derivados, não se anteveem problemas de abastecimento, dado que Portugal não importa crude da Rússia desde o ano 2020. Os produtos intermédios que se importaram da Rússia, e que representam uma pequena fração do total, têm fornecedores alternativos no mercado internacional;

6. Portugal dispõe de reservas estratégicas de crude e de combustíveis (gasolina, gasóleo e GPL), os quais, no caso dos combustíveis, são suficientes para garantir o consumo nacional durante 90 dias.

Em suma, a garantia do abastecimento do Sistema Nacional de Gás e do Sistema Petrolífero Nacional estão salvaguardadas, merecendo e tendo, necessariamente, o acompanhamento próximo e constante pelo Governo e demais entidades competentes, conclui o comunicado.

A garantia do abastecimento do Sistema Nacional de Gás e do Sistema Petrolífero...