viernes. 03.05.2024

Uma visita cultural e gastronómica à Suiça

Mais um agendamento para intercâmbios culturais e de tradições alimentares foi cumprido pelo Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, por parte de elementos desse grupo de amigos dedicados á promoção da gastronomia de Portugal, particularmente de Ponte de Lima. Desta vez, foi uma deslocação à Suíça, centro da alta finança, diplomacia e da Paz, com o objectivo de encontrar mais um parceiro para divulgar a típica culinária, designadamente o Arroz de Sarrabulho, o Bacalhau de Cebolada, doces e vinhos brancos.

 

Mais um agendamento para intercâmbios culturais e de tradições alimentares foi cumprido pelo Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, por parte de elementos desse grupo de amigos dedicados á promoção da gastronomia de Portugal, particularmente de Ponte de Lima. Desta vez, foi uma deslocação à Suíça, centro da alta finança, diplomacia e da Paz, com o objectivo de encontrar mais um parceiro para divulgar a típica culinária, designadamente o Arroz de Sarrabulho, o Bacalhau de Cebolada, doces e vinhos brancos.

Assim, os limianos, Adelino Tito de Morais, António Sousa, Armando Melo e Fernando Fernandes, abriram mais uma porta para divulgar o que por cá temos de bom á mesa.

A deslocação compreendeu programa em duas das principais cidades suíças. O destino inicial foi Genebra, a capital mundial da Paz, também da Cruz Vermelha, a sede europeia da ONU (Organização das Nações Unidas), de reputada relojoaria e chocolates.

Uma névoa matinal e alguma queda de neve, marcaram a nossa chegada! A primeira visita foi ao Lago Léman, para apreciar o jato de água mais alto do mundo, que chega a atingir 140 metros, e passear pelo cais: o jardim dos ingleses com seu relógio florido, a Ponte du Mont – Blanc, emblemáticas joalharias, lojas de moda na emblemática e seguir pela Place du Bourg, contemplar testemunhos de arquitectura medieval pelas ruas e vielas de Genebra. Aqui e acolá, instituições bancárias, e circulação de potentes e raríssimas marcas ou modelos de automóveis: Ferrari, Lamborghini, Porsche, Mercedes, Bentley, etc. Mais umas passeatas, e paragem na catedral da cidade, e admirar alegria nos bairros engalanados de bandeiras, festivas decorações de montras, como na Ilha de Pâquis: um encontro de cafés, restaurantes, comércios elegantes, de fino gosto de decoração e ambientes.

Voltamos para trás, ao ponto de partida, para almoço: um arraial beirão organizado pela comunidade portuguesa ali residente, aguardava-nos: sardinha e fêveras assadas na brasa, frango de churrasco, broa de milho e cerveja portuguesa. Prosseguimos caminhada, agora para admirar o mausoléu do Duque de Brunswick, um abastado alemão que foi benfeitor da cidade,  informou-me um comerciante local. O monumento, erguido em 1879, é em estilo neogótico, com influência italiana. Mas, outros dois dias, preenchiam o nosso programa em

LAUSANNE, SEDE DO COMITÉ OLÍMPICO INTERNACIONAL

Situada a seis dezenas de quilómetros do pólo financeiro de Genebra, Lausanne é o centro francófono do cantão de Vaud, como lhe chamam os suíços. Classificada por uma revista especializada inglesa de uma das 25 melhores pequenas cidades do mundo, categoria com menos de 200 mil habitantes, Lausanne é sede do COI (Comité Olímpico Internacional), onde se situa o respectivo museu, e foi centro da nossa pretensão gastronómica, nos encontros com os conterrâneos Rui Santos, de Souto de Rebordões, e Chef João Coelho e Andreia, dirigentes de cozinha e sala no Hotel de Ville de Crissier, classificado em 2016 como melhor restaurante do mundo, pelo guia La Liste, e a harmonização com o Chef Adão Barros.

A nossa permanência em Lausanne cumpriu os objectivos. A destacar, a visita aos terraços do vinho, em Lavaux, região classificada pela UNESCO como Património Mundial, com castas predominantes de Pinot Noir, Chardonnay e Sauvigon Blanc, afirmou um dos promotores que nos acolheu. Mas, a prova, de apetência e gosto, foi o branco Chasselas, uma cepa rara, plantada na Suíça mas também na Alemanha, Áustria, Nova Zelândia e Itália, atirava a enóloga brasileira, de S. Paulo ali produtora.

Na cidade, comtemplamos alguns pontos turísticos: a catedral, a grande ponte, a Escola Hoteleira, fundada 1893 (considerada a melhor do planeta) bairros do centro histórico, esplanadas de praia com cerveja local, mas o que nos motivava era o encontro com o novo parceiro gastronómico. E, assim aconteceu: o Chef Adão Barros, e a sua responsável máxima da equipa da cozinha, experiente, do Marco de Canavezes, prepararam ao mais alto nível a reunião, de palestra e comestível: um leitão assado á moda da Bairrada, e para acompanhar um arroz de forno lembrando o da foda de Monção e outros acepipes, selaram o acordo! Tudo foi regado com vinhos da Ribeira Lima: alvarinho do Solar de Louredo, Geraz, Viana do Castelo, e loureiro Maxus, engarrafado em Brandara, Ponte de Lima. A partir de 2024, as ementas do amigo arcuense em terras helvéticas com serviço anual médio de cinco mil refeições, poderão integrar pratos e entradas pontelimenses, na divulgação da nossa cozinha, enquanto se estuda o agendamento para pormenores, que desta vez será em solo limiano.

Ainda houve tempo para outra prova de comêres nortenhos em Lausanne, providenciada pelo companheiro Rui Santos: o restaurante Porto, com gerência de Barcelos, congratulou o grupo com quatro provas, aromatizadas com sabor suíço: rojões à minhota, feijoada à transmontana, misto de carnes grelhadas e lombelos de porco assados no forno com batatas polvilhas com coentros.

E, assim termina o relato de mais uma pequena excursão para promover a culinária regional minhota, melhor incentivar a sua confecção longe da Pátria mas, igualmente com agrado ao palato.

Uma visita cultural e gastronómica à Suiça
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