lunes. 06.05.2024

Rio de Janeiro tem 6.000 passaportes portugueses!

António Montenegro Fiúza, limiano, administrador também da Universidade Lusófona na antiga capital do país-irmão, participava num seminário no palco master class, a semana passada, no Encontro PNAID (Programa Nacional de Apoio ao Investimento na Diáspora), no qual também participamos, e que reuniu em Viana do Castelo durante três dias cerca de 700 participantes. 
Secretário de Estado, José Maria Costa.
Secretário de Estado, José Maria Costa.

Existem no estado do Rio de Janeiro seis mil passaportes portugueses, emitidos para luso – descendentes, isto é, filhos, netos ou bisnetos de portugueses radicados naquela área do Brasil, referiu o Presidente da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria.

António Montenegro Fiúza, limiano, administrador também da Universidade Lusófona na antiga capital do país-irmão, participava num seminário no palco master class, a semana passada, no Encontro PNAID (Programa Nacional de Apoio ao Investimento na Diáspora), no qual também participamos, e que reuniu em Viana do Castelo durante três dias cerca de 700 participantes. Estes, provenientes da Europa, especialmente Bélgica, França, Luxemburgo, Estados Unidos da América, Canadá, completavam-se com delegações oficiais de países onde a lusofonia está presente, como o Ministro das Comunidades de Cabo Verde, diplomatas e autarcas de alguns países participantes no PNAID.

António Fiúza, que á margem da participação oficial tem reunido com governantes, presidentes de Câmaras, empresários ou suas representações oficiais, aposta na captação de negócios para o Rio de Janeiro. Alguns setores em estudo, são o chamado mercado da saudade, importação de produtos portugueses, regionais, como os vinhos, azeites e outros sectores que integram a gastronomia de longa tradição lusitana.

O dirigente do órgão representativo da indústria no segundo maior estado brasileiro do sector, elencou ainda as afinidades linguísticas, culturais e familiares com o Brasil, razão também para existência de 700 empresas portuguesas no outro lado do Atlântico, algumas delas associadas da Câmara de Comércio e Indústria que dirige, nos domínios da banca, construção civil, energias, petrolíferas entre outras. Como palestrante convidado, proveniente dessa potência da América do Sul, Fiúza deixou assim umas linhas para orientação a potenciais investidores portugueses no Brasil, e trocas comerciais, uma das razões para prolongar mais uma semana a sua estada em Portugal. Aqui, também nós (Brasil) estamos presentes, com negócios de milhões como a aeronáutica da Embraer ou as perfumarias Boticário, salientou. Há ainda nos dois lados, dois continentes muitas startups (empresas novas, com potencial para crescimento) a ter em consideração, rematou o líder dos industriais cariocas.

Um sector que Portugal tem revelado apetência pelo desenvolvimento e tecnologia avançada, é o das energias verdes, a transição energética, fontes de energia eólica e solar, com investimentos marítimos ao largo da costa vianense. António Fiúza reuniu-se com o titular governamental da pasta, o Secretário de Estado José Maria Costa, também participante no PNAID 2023.

                                    Capim Limão na Labruja

Mas, em tempo de vertente profissional, também houve uma escapadinha de António e Nilsa, sua esposa, a Ponte de Lima, para visitas a familiares e amigos.

Assim, a velha construção junto do barroco mas inacabado Santuário do Senhor do Socorro, na freguesia pontelimense da Labruja, origens de António Fiúza, mereceu uma deslocação do casal. Os trabalhos de recuperação do imóvel de granito, de finais do século XVIII mas aumentado na centúria imediata, transformada para um pequeno hotel rural, motivaram a visita às origens, num projecto do arquitecto Tiago Castro, numa simbiose da tradição construtiva no Minho e no Brasil colonial, designadamente Minas Gerais, com caixilharias e beirada do telhado em madeira e pintados no azúl céu, entre outras curiosidades.

Rio de Janeiro tem 6.000 passaportes portugueses!
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