sábado. 27.07.2024

Governo decidiu novo aeroporto de Lisboa, nova ponte sobre o Tejo e ligação de alta velocidade ferroviária a Madrid

"O Governo decidiu a localização e denominação do Novo Aeroporto de Lisboa, um plano de obras para o aeroporto Humberto Delgado e a conclusão dos estudos para a construção da Terceira Travessia do Tejo [em Lisboa] e ligação ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid", anunciou o Primeiro-Ministro Luís Montenegro.
Primeiro-Ministro Luís Montenegro apresenta as decisões do Conselho de Ministros.
Primeiro-Ministro Luís Montenegro apresenta as decisões do Conselho de Ministros.

"O Governo decidiu a localização e denominação do Novo Aeroporto de Lisboa, um plano de obras para o aeroporto Humberto Delgado e a conclusão dos estudos para a construção da Terceira Travessia do Tejo [em Lisboa] e ligação ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid", anunciou o Primeiro-Ministro Luís Montenegro.

Numa declaração, no final do Conselho de Ministros realizado em Lisboa, seguida da apresentação pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, o Primeiro-Ministro sublinhou que este é um dos resultados «de 32 dias de trabalho governativo desde 12 de abril», data da aprovação do Programa do Governo.

O Conselho de Ministros decidiu: «Aprovar o desenvolvimento do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) no campo de Tiro de Alcochete, com vista à substituição integral do aeroporto Humberto Delgado (AHD) e atribuir-lhe a denominação de Aeroporto Luís de Camões», disse Luís Montenegro.

"Determinar o desenvolvimento de um plano de obras no AHD que cumpra os investimentos adiados para a qualificação dos serviços já prestados e lhes acrescente investimentos que permitam maior capacidade operacional de movimentos por hora".

"Mandatar a Infraestruturas de Portugal (IP) para concluir os estudos necessários para a construção da Terceira Travessia do Tejo em Lisboa e da Ligação de Alta Velocidade de Lisboa a Madrid", referiu ainda.

DECISÕES RÁPIDAS E PONDERADAS

Luís Montenegro afirmou que «estas decisões apesar de rápidas são ponderadas, fundamentadas e estratégicas para o futuro de Portugal», lembrando a criação de uma Comissão Técnica Independente que fez "uma avaliação comparativa de todas as localizações viáveis para que o decisor político pudesse tomar uma opção", referindo que "o ano de trabalho da comissão era imprescindível para desbloquear o processo", pois "o interesse nacional reclama que se tome a melhor decisão com base na melhor informação".

O Primeiro-Ministro disse que "o Governo pretende fazer uma gestão rigorosa dos recursos públicos e alavancar um ciclo de prosperidade duradouro e sustentado", acrescentando que estas infraestruturas "estimulam a competitividade da nossa economia, aceleram a capacidade de atração de investimento e crescimento e promovem a coesão territorial".

"Com mais investimento e crescimento poderemos ter ambiente para pagar melhores salários e pensões e ter condições para reter o nosso talento e dar esperança à nossa juventude", disse ainda.

AEROPORTO ÚNICO EM LISBOA

Destacando o NAL, Luís Montenegro referiu que «o Governo assume o aeroporto único como a solução mais adequada aos interesses estratégicos do País. Alcochete garante margem de expansão física, acomodação de procura até quase ao triplo da atual, salvaguarda da manutenção e crescimento da hub da TAP em Portugal e fomento da capacidade intermodal de todo o sistema de transportes».

E "esta solução gera ainda efeitos económicos no chamado arco ribeirinho Sul, criando uma nova centralidade económica e social" e irá desenvolver-se em terrenos públicos e assegurar a sustentabilidade ambiental.

CONFIANÇA E ESPERANÇA

O Governo, apesar da incerteza e instabilidade no mundo, "vê o futuro de Portugal com esperança e confiança. Esperança nas nossas capacidades, nos nossos recursos humanos, nos sossos jovens, nas nossas empresas e nas nossas instituições. Confiança de que somos capazes de unir Portugal em torno de objetivos estruturantes e estratégicos, de que se decidirmos bem hoje seremos um País mais próspero e socialmente mais justo amanhã", disse também.

"A nossa filosofia é não perder tempo, a nossa estratégia é fazer tudo o que depende de nós, a nossa ambição é fazer mais e melhor que os outros para colocar Portugal ao nível dos melhores", disse, tendo ainda citado Camões: "As cousas árduas e lustrosas de alcançar com trabalho e com fadiga". 

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