Governo luso será «inflexível» para com todas as situações anómalas no setor alimentar

Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, apresentou, em conferência de imprensa, as medidas para fazer face ao aumento do preço dos produtos alimentares, Lisboa.
António Costa Silva começou por afirmar que, nos últimos tempos, o País tem estado preocupado com o setor alimentar face à subida dos preços, numa altura em que a inflação está a descer, assim como o preço da energia e fertilizantes.

O Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, apresentou, em conferência de imprensa, em Lisboa, as medidas para fazer face ao aumento do preço dos produtos alimentares, acrescentando que o Governo será «inflexível» para com todas as situações anómalas 

Na sessão estiveram também o Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, e o Inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar.

António Costa Silva começou por afirmar que, nos últimos tempos, o País tem estado preocupado com o setor alimentar face à subida dos preços, numa altura em que a inflação está a descer, assim como o preço da energia e fertilizantes.

«Isto contrasta, em absoluto, com o que se passa a nível dos preços dos bens alimentares. Por isso, o Governo desenvolveu uma estratégia e está a trabalhar em seis dimensões. Respeitamos os operadores económicos, mas também respeitamos muito os direitos dos consumidores», apontou. 

A primeira grande dimensão, referiu o Ministro, tem a ver com a atuação da ASAE no País - instituição que classificou como «excelente» - e que, desde o segundo semestre do ano passado, já realizou mais de 960 ações de fiscalização, iniciando agora uma nova operação, em todo o País, com as suas 38 brigadas. 

António Costa Silva disse ainda que vai continuar a dotar a ASAE de todas as condições e trabalhar com todos os «organismos relevantes» para este setor e a «ser inflexível» para com todas as situações anómalas no setor alimentar.

Para o Ministro é igualmente importante compreender a estrutura de preços do setor, desde a produção à comercialização, passando pela distribuição. Será também exigida transparência neste processo, pelo que será um «beneficio para todos os operadores» a disponibilização de informações à ASAE.

O Governo quer também continuar a estabelecer contactos com os representantes dos vários operadores e convocar a PARCA – Plataforma de Acompanhamento nas Relações na Cadeia Agroalimentar.

No dia 1 de março, 38 brigadas envolvendo 80 inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) estiveram no terreno a fiscalizar os preços dos bens alimentares nos híper e supermercados, face ao aumento de 21,1% do cabaz básico no último ano, mais do dobro da inflação.